Allyne Setubal
Amanda Coimbra
Beatriz Luna
Carla Oquendo
Rosa Maia
Causas da crise
Nos EUA, as pessoas se endividaram devido ao aumento de juros e assim não estão conseguindo quitar suas dívidas junto aos bancos e consequentemente os bancos estão falindo e o governo tenta salvá-los, impedindo assim, uma recessão. O problema começou no setor de credito, e estourou no setor imobiliario.
E ai foi se espalhando e atigindo varios setores. Cabe aqui fazer duas observações iniciais. Primeiro: na ênfase dada pela imprensa, está implícita a noção já difundida de que a crise econômica atual começou com a bolha no mercado imobiliário norte-americano. Segundo: a consideração referente às causas que levaram à crise ajuda a compreender o presente e o futuro. Os sintomas dessa crise se parecem com os da crise dos anos 29, pelo consenso unânime de injetar liquidez. Mas a causa é distinta da observada na crise de 1929: aquela foi uma crise de sobre-produção e esta é uma crise de sobre-consumo.
A bolsa de valores e o mercado financeiro
Antes de entendermos a crise é necessario ter conchecimento na bolsa de valores e no mercado financeiro. A bolsa de valores é o mercado organizado onde se negociam ações de empresas de capital aberto (públicas ou privadas) e outros instrumentos financeiros como opções e debêntures.
As bolsas de valores são também os centros de negociação de valores mobiliários, que utilizam sistemas eletrônicos de negociação para efetuar compras e vendas desses valores. No Brasil, atualmente, as bolsas são organizadas sob a forma de sociedade por ações (S/A), regulada e fiscalizada pela CVM. As bolsas têm ampla autonomia para exercer seus poderes de auto-regulamentação sobre as corretoras de valores que nela operam. Todas as corretoras são registradas no Banco Central do Brasil e na CVM.
A bolsa deve preservar elevados padrões éticos de negociação, divulgando - com rapidez, amplitude e detalhes - as operações executadas.
Embora existam entidades que só operam com pregão eletrônico, em sua maioria as bolsas de valores dispõem de um pregão físico, onde são realizadas as negociações.
As bolsas têm o dever de repassar aos investidores informações sobre seus negócios diários, comunicados relevantes de empresas abertas, dados de mercado e tudo o mais que contribua para a transparência das operações.
Já o mercado financeiro é onde as pessoas negociam o dinheiro.
O mercado financeiro faz a ligação entre as pessoas ou empresas que têm dinheiro e as pessoas ou empresas que precisam de dinheiro. Para que isto ocorra é preciso um intermediário - os bancos. O mercado financeiro leva o dinheiro de quem tem para quem não tem, cobrando uma taxa que chamamos juros.
No mercado financeiro as pessoas também vão buscar serviços como seguro de vida, planos de previdência, cobrança bancária, etc. Todos esses processos são fiscalizados e controlados por entidades como o Banco Central, a Bovespa, CMV entre outras, sendo que todas estas estão subordinadas ao Conselho Monetário Nacional - CMN, que é presidido pelo Ministro da Fazenda.
A Bovespa foi fundada em 1890 por Emilio Pestana. Até as reformas do sistema financeiro e do mercado de capitais, implementadas pelo governo no biênio, as bolsas de valores brasileiras eram entidades oficiais corporativas, vinculadas às secretarias de finanças dos governos estaduais e compostas por corretores nomeados pelo poder público. Após as reformas, as bolsas assumiram a característica institucional que mantêm até hoje, transformando-se em associações civis sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial.
Em 2007, a BOVESPA deixou de ser uma instituição sem fins lucrativos e se tornou uma sociedade por ações: a BOVESPA Holding S/A. A BOVESPA Holding possui como subsidiárias integrais a Bolsa de Valores de São Paulo (BVSP) - responsável pelas operações dos mercados de bolsa e de balcão organizado - que presta serviços de liquidação, compensação e custódia. Em 2008, a BOVESPA foi integrada à BM&F, formando, então, a BM&FBOVESPA S/A.
Em 1985, surge a Bolsa Mercantil & de Futuros, a BM&F. Seus pregões começam a funcionar em 1986. Em pouco tempo, ela conquista posição invejável entre as principais commodities exchanges do mundo, negociando contratos futuros, de opções, a termo e a vista, referenciados em índices de ações, ouro, taxas de juros e taxas de câmbio.
Em 1991, BM&F e BMSP resolvem fundir suas atividades, aliando a tradição de uma ao dinamismo da outra. Surge então a Bolsa de Mercadorias & Futuros - também com a sigla BM&F - cujo objetivo é desenvolver mercados futuros de ativos financeiros, agropecuários e outros.
Em 2007, a BM&F iniciou seu processo de desmutualização e, a partir de 2007, a BM&F se tornou uma sociedade por ações com fins lucrativos.
O mercado financeiro é dividido em:
Mercado de crédito: cuida dos empréstimos bancários. Quando você paga juros para um banco significa que o banco lhe emprestou dinheiro, ou seja, investiu em você. Isto pode ocorrer quando você usa o cheque especial, desconta duplicatas, desconta cheques, faz um financiamento, etc.
Mercado de câmbio: cuida da relação justa entre as moedas dos países. Muitos países adotaram o dólar para comparar com a sua moeda. Assim, quando um negócio é feito entre dois países, primeiro eles comparam os valores de suas moedas com o dólar para facilitar a transação. No Brasil quem pode ter conta em dólares é só o Banco Central e alguns bancos autorizados e mesmo assim, os dólares não podem ficar de um dia para outro na conta. Além dos bancos, quem negocia com dólares são: os importadores - que precisam comprar dólares para pagar suas compras; os exportadores - que recebem dólares, vendem aos bancos e ficam com reais e os investidores estrangeiros: que trazem dólares para investir, trocam por reais e quando vão embora compram dólares novamente. No fim do dia, faz-se um balanço: se houve mais compradores que vendedores a cotação sobe, pois a procura por dólares foi maior. A cotação cai quando a oferta é maior que a procura.
Mercado aberto: se refere às empresas que têm Capital Aberto, que são as Sociedades Anônimas. Empresa de Capital Aberto significa que qualquer pessoa pode ser sócia daquela empresa, desde que compre partes da empresa - que chamamos ações. As negociações das ações são feitas na bolsa de valores - onde o preço é público, assim todos podem comprar pelo mesmo preço que é definido pela oferta e procura.